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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Jongo de Pinheiral: a história de uma cidade e seu povo contada de geração em geração

A cidade de Pinheiral, no Vale do Paraíba (sul do estado do Rio de Janeiro), nasceu ao redor de uma estação ferroviária, no entorno de uma fazenda de café, a Fazenda São José dos Pinheiros. Nesta propriedade da família Breves, uma das maiores da região nos tempos do Brasil Colônia, havia um celeiro de negros escravizados. Eram 2 mil escravos trabalhando na fazenda quando foi aberto o testamento do comendador Breves, dando-lhes a alforria e uma parte das terras, em 1879. O casarão onde ele morava, considerado um palácio, hoje são apenas ruínas. Mas algo ali se mantém vivo desde então: o jongo.

“O jongo de Pinheiral nunca esteve adormecido, não. É uma tradição que vem sendo passada de geração para geração desde os tempos da escravidão. Há muitas famílias de jongueiros na cidade”, diz Maria de Fátima da Silveira Santos, a Fatinha do Jongo, que há mais de 40 anos trabalha pela preservação dessa manifestação cultural, reconhecida em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial brasileiro.
Também conhecido como caxambu, batuque, tambor ou tambú, o jongo é uma expressão de origem africana que se manifesta no Brasil principalmente na região Sudeste e conta com três elementos essenciais: o canto, a dança e a percussão. Nas rodas de jongo, homens e mulheres dançam e cantam os chamados “pontos”, misturando metáforas e dialetos da língua banto, ao som de tambores, fabricados em sua maioria de maneira artesanal. Em Pinheiral, a tradição é de dois tambores: o grande e o candongueiro. O contratempo entre os dois é feito com um pedaço de pau chamado de macuco. http://iberculturaviva.org/portfolio/jongo-de-pinheiral-uma-tradicao-passada-de-geracao-em-geracao/
No dia 11 de agosto de 2017, a convite da professora Maria Alice da turma 101, a escola recebeu a visita dos jongueiros que contaram um pouco da sua história e fizeram uma belíssima apresentação. Alunos, alunas e professoras também entraram na dança. 






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