Jongo de Pinheiral: a história de uma cidade e seu povo contada de geração em geração
A
cidade de Pinheiral, no Vale do Paraíba (sul do estado do Rio de
Janeiro), nasceu ao redor de uma estação ferroviária, no entorno de uma
fazenda de café, a Fazenda São José dos Pinheiros. Nesta propriedade da
família Breves, uma das maiores da região nos tempos do Brasil Colônia,
havia um celeiro de negros escravizados. Eram 2 mil escravos trabalhando
na fazenda quando foi aberto o testamento do comendador Breves,
dando-lhes a alforria e uma parte das terras, em 1879. O casarão onde
ele morava, considerado um palácio, hoje são apenas ruínas. Mas algo ali
se mantém vivo desde então: o jongo.
“O jongo
de Pinheiral nunca esteve adormecido, não. É uma tradição que vem sendo
passada de geração para geração desde os tempos da escravidão. Há
muitas famílias de jongueiros na cidade”, diz Maria de Fátima da
Silveira Santos, a Fatinha do Jongo, que há mais de 40 anos trabalha
pela preservação dessa manifestação cultural, reconhecida em 2005 pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como
patrimônio imaterial brasileiro.
Também
conhecido como caxambu, batuque, tambor ou tambú, o jongo é uma
expressão de origem africana que se manifesta no Brasil principalmente
na região Sudeste e conta com três elementos essenciais: o canto, a
dança e a percussão. Nas rodas de jongo, homens e mulheres dançam e
cantam os chamados “pontos”, misturando metáforas e dialetos da língua
banto, ao som de tambores, fabricados em sua maioria de maneira
artesanal. Em Pinheiral, a tradição é de dois tambores: o grande e o
candongueiro. O contratempo entre os dois é feito com um pedaço de pau
chamado de macuco. http://iberculturaviva.org/portfolio/jongo-de-pinheiral-uma-tradicao-passada-de-geracao-em-geracao/
No dia 11 de agosto de 2017, a convite da professora Maria Alice da turma 101, a escola recebeu a visita dos jongueiros que contaram um pouco da sua história e fizeram uma belíssima apresentação. Alunos, alunas e professoras também entraram na dança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário